Estamos embarcando para a fase da introdução alimentar. Que fase linda de descobertas! E, depois de muito ler e me informar, resolvi aplicar a abordagem BLW com Luke.
Em uma reunião a nutricionista Natália Ferreiro Rosa, quando eu nem pensava em engravidar, ela explicou sobre a questão dos bebês não aprenderem o sabor e a textura reais dos alimentos quando eles são apresentados em forma de papinha. Minha ficha caiu lindamente nesse momento. Entendi a dificuldade que tive com a Sophia (e que vejo muitas mães tendo) em apresentar alimentos separados depois que estão maiores. “Mas ele comia de tudo, agora não come nada…” Comia de tudo num gosto só, numa textura só.
O BLW, (baby-led weaning) é uma abordagem de Introdução Alimentar onde o bebê é o guia da transição do leite materno para a alimentação. Ele alimenta-se sozinho, com as mãozinhas (pois é como ele consegue). Nós colocamos os alimentos no cadeirão em formatos e cortes que eles consigam pegar e que sejam seguros. Nada de papinha, nada de sabores misturados, nada de aviãozinho. Segundo a nutricionista Natália as quantidades não são importantes, afinal o principal alimento continua sendo o leite materno ou fórmula até um ano de idade. “O bebê sabe o quanto ele precisa”, completa Natália.
Ela explica também que as vantagens são que o bebê desenvolve capacidade de mastigação, coordenação, habilidades sociais e principalmente, uma grande variedade de alimentos saudáveis, além de sentir-se feliz e confiante nas refeições.
É importante que o bebê seja incluído na refeição da família, comendo o mesmo alimento, desde que seja saudável. E isso é bem legal porque muitas vezes a família se adéqua à alimentação do bebê e fica mais saudável por causa dele.
Marcela Battilani Melo, mãe da Maria Julia de 6 anos e da Valentina de 2 anos, relata que fez o BLW apenas com a menor. “A relação da Valentina com a comida é totalmente diferente da Maria Julia. A Valentina tem uma autonomia incrível, enquanto a Maria Julia às vezes tem preguiça de comer sozinha, além de ser mais seletiva. A Valentina é muito aberta e receptiva a novos sabores.”, conta.
Uma das preocupações das mães é o risco de engasgo. Sobre isso, a Natália explicou a diferença entre Gag e Engasgo. Vou deixar abaixo o texto em que ela explica melhor:
Reflexo de Gag: é uma reflexo natural que protege as vias aéreas, devolvendo um alimento mal deglutido com um movimento parecido com ânsia, assim como no vídeo, ou seja, uma PROTEÇÃO contra o engasgo!
No início da introdução alimentar é normal que ocorra, pois a criança ainda está em processo de aprendizagem da mastigação, com o aperfeiçoamento esse reflexo diminui.
A tosse também é outro reflexo de proteção!
Não devemos intervir, e sim observar a criança, se interferimos podemos assustar a criança ocasionando de fato o engasgo!
O GAG ocorre em todas as formas de introdução alimentar, seja papinha, participativa ou BLW. É natural do desenvolvimento.
.Engasgo: obstrução parcial ou total das vias aéreas, o bebê não respira, fica roxo e estático, não libera sons. Nesse caso devemos intervir com a manobra de desengasgo (Manobra de Heimlich).
ATENÇÃO: NÃO devemos sair da maternidade SEM SABER a Manobra de Heimlich, o risco de engasgo com líquidos (leite materno ou fórmula) é muito maior do que com sólidos!
A outra preocupação é: Meu bebê nunca vai comer com talheres?
Claro que sim! Na verdade ele vai estar desenvolvendo a coordenação motora necessária para isso. Além disso, ele vai ver a família comendo com talheres e vai querer fazer igual. Nesse momento é hora de introduzir os talheres e ele desenvolverá a habilidade sozinho e mais rapidamente do que se tivesse sendo alimentado por um adulto.
Para saber se seu bebê está pronto para o BLW, é fundamental que ele esteja sentando sem apoio e também levando objetos à boca. Esses são sinais de que o bebê já tem maturidade gastrodigestiva para iniciar essa experiência incrível!
O desenvolvimento do bebê é impressionante. Em uma semana de BLW com o Luke, já notei que ele começou a fazer movimento de mastigação e ficar com menos agonia dos alimentos na boca dele. Estou amando a experiência e acredito que seja a forma mais saudável, em todos os sentidos, para o desenvolvimento do bebê.
A minha dica para você que quer aplicar o BLW é ler muito sobre o tema e marcar um horário com uma nutricionista especialista no assunto. Aqui em Maringá estou fazendo o acompanhamento com a Natalia e tem sido muito legal! Ela vai até a sua casa, o que já é uma mão na roda quando temos bebês, avalia seu bebê, explica tudo certinho e você se sente segura para seguir em frente. Contato dela no final do post.
É isso, BLW é vida, gente! Vamos embarcar nessa comigo? Estou à disposição para troca de ideias sobre o assunto. E acompanhe meu instagram @ninhodascegonhas, onde mostro o dia a dia do meu pequeno Luke e o seu desenvolvimento com o BLW.
Contato da nutricionista
Natália Ferreiro Rosa
Atendimento Domiciliar
Fone 44.99948-8796
E-mail: nvferreiro@gmail.com
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