Será mesmo que crianças têm problemas? Eu te digo que sim, crianças também possuem problemas. Não têm problemas financeiros como cobrir a conta bancária, pagar a multa de trânsito, enfrentar o chefe, mas possuem problemas que envolvem outras crianças (bullying, por exemplo), problemas que envolvem adultos, abuso sexual ou psicológico, dificuldades de aprendizagem, ciúmes de um irmão que acabou de vir ao mundo, mães/pais depressivos/violentos, e por aí vai, a lista pode ser enorme. As vezes precisa da ajuda de um psicólogo, as vezes não. Mas quando?
Frequentemente, pais e educadores percebem que há algo errado acontecendo. É comum perguntarem para a criança o que está havendo e muitas vezes as crianças não sabem dizer exatamente o que aconteceu; ou porque se sentem tão mal, ou não conseguem explicar as razões que a levaram a algum comportamento inadequado – bater no amigo, chutar o cachorro, morder o bebê, cortar o próprio cabelo, furar o amigo com o lápis (aqui a lista também é longa). Como a criança ainda não tem toda a compreensão verbal para dar explicações e esclarecimentos de situações vividas, elas expressam de uma maneira pouco compreendida por muitos adultos. Mas elas estão se expressando.
Então, antes de levar ao psicólogo, pais e responsáveis deveriam se perguntar:
1) O comportamento que a criança vem apresentando é prejudicial? Prejudica seu dia a dia e a si mesma? Prejudica suas relações pessoais?
2) Depois que ela começou a se comportar desta forma, seu rendimento escolar caiu?
3) Há mais de 6 meses que ela vem se comportando assim?
4) Já tentei ajudar inúmeras vezes, mas não tive sucesso?
5) Tenho muitas dúvidas sobre como devo agir diante deste comportamento?
6) Houve algum acontecimento no ambiente escolar ou familiar: mudança de sala, mudança de escola, separação dos pais, morte de pessoa querida, depressão de um dos pais, desemprego, etc?
Se você respondeu SIM para alguma questão, talvez seja necessário procurar ajuda e orientação de um profissional. Nem sempre a criança irá precisar de tratamento psicológico à longo prazo, mas possivelmente será necessário que os adultos a seu redor tenham orientação adequada. Esta orientação poderá ser para os pais, a família de modo geral, os professores e outros membros da escola.
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