Mais uma dica da nossa querida psicóloga.
Por Viviane Alonso de Paula Sperandio
Todo pai e mãe preocupados querem que seus filhos tenham auto-estima e sejam autoconfiantes.
Auto-estima é um sentimento que não nasce com o bebê, mas se desenvolve durante a vida da pessoa. Mais uma vez, nós os pais, temos papel fundamental no desenvolvimento da auto-estima de nossos filhos. Quando a criança se comporta de uma maneira específica, a consequência é nosso carinho, nossa atenção, afago físico, sorriso… Estamos assim, contribuindo para o desenvolvimento da auto-estima. Ao contrário, quando ela se comporta mal e nós nos afastamos, brigamos, gritamos, evitamos olhar diretamente e nem conversamos com ela, estamos ajudando a diminuir a auto-estima. Não estou querendo dizer que devemos aceitar e gratificar todo e qualquer comportamento, eu quero dizer que mesmo que ela faça algo errado, ela deve se sentir amada. Ela deve saber que o que fez foi errado, mas que o pai e mãe estão ali para ajudá-la a aprender o que é certo.
Para tanto devemos proporcionar à criança oportunidades para que ela possa ter comportamentos adequados. Na hora do almoço a criança pode ajudar a colocar a mesa. Caso ela seja pequena (2 a 4 anos anos) poderá levar os guardanapos, o pãozinho, a toalha de mesa, guardar os brinquedos depois de brincar. Crianças maiores (5 anos em diante) poderão arrumar seus quartos, limpar o tênis, ajudar a fazer compras no supermercado, entre muitas outras atividades que muitos pais acham que as crianças não devem, não podem ou ainda não conseguem desenvolver.
Caso sua criança esteja aprontando e sujando a casa, não grite com ela, não bata, não diga coisas do tipo: “Olha o que você fez!!! Você só faz bagunça…” – é melhor dizer: “Você brincou bastante e agora nós vamos arrumar e limpar”. Depois que vocês organizarem a bagunça, diga à criança o quanto ela foi importante para a organização.
Outro ponto importante: eu disse “aprontando e sujando”. Este “aprontar” poderia ser espalhando brinquedos pela casa, e o “sujando” poderia ser brincando com água e folhas pela sala. Na verdade não importa, se você não quer brincadeiras com água dentro da casa, diga para ela: “Você quer brincar com água? Então a brincadeira deverá ser fora de casa.” Se não quer brinquedos espalhados pela sala, quarto, cozinha, banheiro, diga que ela só poderá brincar em seu quarto. Organize a brincadeira para que não haja atritos entre vocês.
Quando seu filho for bem nas provas e o boletim estiver com notas boas diga: “Você me deixou feliz com seu boletim” e não “as suas notas estão ótimas”, nunca se esquecer de utilizar VOCÊ. Destacando sempre a pessoa e não o seu comportamento. Valorizando o que ele faz, não importa se o quarto não está do jeito que você quer, se o tênis não foi lavado tão bem quanto você faria, se ele não guardou todos os brinquedos, o importante é que ele fez.
Quando chegar em casa pergunte como foi o dia dele (não importa a idade), como foi na escola, com os amigos, o que ele quer fazer no fim de semana, que você sentiu saudades. Quando nos sentimos amados por outras pessoas fica mais fácil amar a si mesmo.
A criança com auto-estima se sente bem com ela mesma. Se sente livre para fazer o que é bom para ela e para o outro sem dependências. Ela produz para si mesma o que é bom pelo simples fato de se amar.
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